INFLUÊNCIAS NUMA POSSÍVEL ORDEM CRONOLÓGICA



Otávio Segala se interessa pela música em 1981 nas aulas de violão ministradas pelo cantor, Renato Molina.
Logo faz aulas particulares com o professor Walter Santana.
É influenciado pela música Missioneira absorvida em audições na casa do colega e cantor, Adílson Moura, natural de São Luís Gonzaga, Missões/RS.
A música nativista e urbana do Rio Grande do Sul, formam o compositor que surge em Segala, Otávio. Faz suas primeiras canções. Conhece a beleza do "samba vagabundo" e harpejado de Leonardo Bonilla, natural de Cruz Alta/RS




A tríade Missioneira:
Noel Guarany, Cenair Maicá e Pedro Ortaça...



















...as "Canções de Rio" dos Angüeras (foto a direita). Ainda, músicas de Telmo de Lima Freitas, Edson Otto e "Os Cantores dos Sete Povos" e a jinga nigro nativa de Airton Pimentel (abaixo a esquerda).




A literatura nativista, sul-brasileira de Luiz Coronel no livro "Buçal de Prata", eternizadas nas melodias e interpretação do cantor e compositor, Marco Aurélio Vasconcellos. Na parceria, "Os cantos de Gaudêncio Sete Luas" e "Os Cantos de Leontina das Dores" dão o um novo perfil ao homem e a mulher sul-riograndense com eruditismo. Metáforas e melodias geniais.


Marco Aurélio Vasconcellos




A música de Sérgio Rojas,
seus harpejos e dissonâncias.
Destaques para "Linha de Espera",

"Porteiras" e "O Tempo e o Vento II".



A força e a interpretação
da voz de Ivo Fraga.





As composições e melodias clássicas
de Gilberto Monteiro,
e sua execução original.






A pintura de Eduardo Trevisan,
artista plástico santa-mariense.

Capa do LP do Festival Tertúlia Musical Nativista, Santa Maria, RS.





A música brasileira de Jerônimo Jardim nos Festivais Nacionais na década de 80. Destaque para "Côto de Vela", "Moda de Sangue",
"Purpurina", Portal" , Digitais" , "Baba do Chico" e para "Vento e Pó".





O instrumental brasileiro "Alma",
do compositor Geraldo Flach.
Sem fronteiras.

Junto com Jerônimo e Flach,
descobre o trabalho musical de
Raul Ellwanger.
Mesmas gerações e novos caminhos
da MPB do Sul.



Entre 1983 e 1986 participa de vários festivais estudantis no RS onde contata com novos compositores e observa estilos musicais diferentes. Faz vestibular e é aprovado no curso de Letras na UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Cursa um semestre e desiste. É reprovado no teste de aptidão musical que faz para o curso de Música clássica. Trabalha no Conservatório Santa Cecília ensinando violão popular. Parte para a prática tocando e cantando em pizzarias, bares e restaurantes. Profissionaliza-se.Participa do Coral da Universidade Federal de Santa Maria, RS, sob a regência de Zobeida Prestes. Influencia-se pela Música Clássica, estudos de solfejo e leituras em partituras para violão.










Na foto acima, participação em festivais de coros cantando "Sabiá, Coração da Viola", de Aílton Escobar. Influência do baião nordestino e arranjo para percussão com sons onomatopaicos e palmas.





Estréia em festivais estudantis. Canta "Ensaios", composição de sua autoria, no Primeiro Festival da Música Urbana
de Passo Fundo, RS.
Michele Coelho nos teclados e Carla Pinto no vocal.
















Otávio Segala "descobre" Porto Alegre e sua magia musical na década de 80. Encontra-se com o compositor Álvaro Santi (Lajeado, RS, Brasil) e começa amizade e parceria.
Encontra-se com Eduardo Borba que revela LPs importantes e influenciam Otávio Segala. Entre um rolê e uma banda pelos bairros Santana, Bom Fim e Cidade Baixa, ouviam na casa de Edu, principalmente, "A Paixão Segundo Vítor Ramil", "Via Láctea" de Lô Borges, "Diletantismo" do Grupo Rumo e "Tubarões Voadores" de Arrigo Barnabé.



Passa a ler livros de psicologia, filosofia, política e literatura como Érico Veríssimo, José Mauro de Vasconcelos, Ignácio de Loyola Brandão, Aldous Huxley e a ouvir Astor Piazzola, Ênio Morricone, Paco de Lucia, Paquito de Rivera, música percussiva européia, música grega e a obra de Sergei Sergeyevich Prokofiev.



Fica fã da dupla Ivan Lins e Vítor Martins. Destaca as músicas, "Formigueiro" e "Bandeira do Divino".
É "apresentado" ao samba de João Bosco e Aldir Blanc pelo flautista Servando Lopes, hoje fotógrafo em Belo Horizonte. Destaca a música “Nação”. Amadurece a pegada ao violão e muda o estilo. "Desregionaliza-se" e universaliza sua música.



prosa e poética de Clóvis Itaquy, seu jeito de escrever "decaptando" a forma e a regra literária, deixa implícito no leitor, no ouvinte o tema criado como uma beleza ou uma advertência livre na alma digna da concepção. É a maneira parlamentar de criar e popularizar. Essa maneira modifica a o jeito de compor de Segala e o influencia. Ruma à  combinação equilibrada de melodia, letra (poema) e interpretação ao violão. Ouvindo Clóvis Itaquy, Segala acha a timbragem de voz e se defini como intérprete e finalmente como compositor. Após este período, Otávio Segala tem uma referência de música onde pode compor de várias maneiras sem perder seu estilo. A chegada de Clóvis vem com uma forte dosagem de história da políticagem brasileira, com a ausência da alegria, com o conflito sobre a paz, com a convivência em vários tipos de pobreza, com a pura poesia das redondezas de uma cidade, com o deboche necessário às instituições repressoras, com a capacidade imensa de criação renovada e finalmente, com inerente redenção do sorriso. Segala e Itaquy, fazem muitas parcerias. Esta influência é decisiva em sua vida, em sua criação, para perceber novas "Escolas" da MPB e a existência da procurada e inerente Iluminação. 

Já foi dito: "Segala e Itaquy são dois anarquistas, subversivos que tentam se comportar bem".
Respondo: "em raros e em algumas horas, fui influenciado pela imbecilidade humana como os politicamente corretos, os envernizados, os inrustidos de alma, os pobres de espírito e opinião, os violentos e fanáticos de alguma coisa. Apenas os decodifico e os transmuto em Arte. Esse é o meu papel e lei. Assim fui forjado.
Ao ignorante ofereço-lhe a sua ignorância ou mesmo ainda, ofereço-lhe a sua inteligência de castelos e muros".




Pesquisa outras duplas de parceiros como Milton e Brant, Tom, Vinícius e
Toquinho, Chico, Edu Lobo e Hime, Tunai e Natureza, 
Villa Lobos com Ferreira Gullar e Teca Calazans,
Clube da Esquina, Novelli e Cacaso.
"Descobre" as intérpretes femininas da MPB como Elis Regina,
Gal, Bethânia, Nana Caymmi, Fátima Guedes,
Diana Pequeno, Elba Ramalho, Malu Moraes.
No repertório, Belchior, Lupicínio, Gil, Caetano, Renato Teixeira, Dorival Caymmi. Ouve Rolando Boldrin, Inezita Barroso,
música Pantaneira e músicas Folclóricas do Brasil.





Produziu e participou do show de lançamento
do Grupo da Anistia Internacional
em Santa Maria/RS.






Festival da Música Universitária de Passo Fundo.
Segala ao violão, Carina nos vocais e Rogério Nunes ao violino.
"Nossas Expressões", Festival não competitivo realizado pelo DCE / Santa Maria, RS.
Na guitarra, Rodrigo de Castro.












Show de MPB da Atlântida FM / Santa Maria (hoje, rádio de estilo Pop / Rock). Acompanhado por Brother Bastos no baixo elétrico e Caco Pereira na percussão.












Festival da Igreja Metodista, Uruguaiana, RS.
Carnavalitos, bossas, milongas, marchas, poemas e letras comprometidas com a realidade social. Realiza-se na época da Abertura Política no Brasil. LP arranjado e gravado por "Raíces de América" (SP).




 
Design criado pelo artista plástico, santa-mariense,
Geraldo Markes (RS / SP).
"Pitada Brasileira" - shows para bares, pizzarias, restaurantes e hotéis. (1986)


Foto Arquivo